Afinal, qual a importância dos primeiros anos de vida?

3611

As evidências científicas são claras: investir nas crianças dá resultado – e os melhores resultados que uma sociedade pode esperar. Isso porque é nos primeiros anos de vida, desde a gestação, que está sendo moldada a arquitetura do nosso cérebro. É nessa época que são construídas as bases para toda a nossa vida posterior: a capacidade de aprender, de se relacionar, de se expressar. Até mesmo a maneira como reagiremos a situações estressantes, como a perda de um emprego, é definida quando ainda somos crianças.

Para falar sobre a importância da Primeira Infância, o programa Canal Livre, da TV Band, convidou o diretor-presidente do Instituto Zero a Seis, João Augusto Figueiró, que há mais de 40 anos estuda o assunto. Assista a seguir aos 5 blocos do programa, que foi exibido no último domingo (16):

Assista ao 1º bloco do programa

Figueiró fala sobre o impacto dos estímulos e das emoções para o desenvolvimento do cérebro na Primeira Infância. Segundo ele, entre a quinta semana de gestação e os 3 anos de idade encontra-se a fase mais intensa de neuroconstrução, ou seja, quando são estabelecidas as bases para todo o desenvolvimento posterior do indivíduo. O especialista alerta também para os perigos da hiperestimulação nessa fase.

Assista ao 2º bloco do programa

É abordado o tema do ambiente e dos relacionamentos familiares para o desenvolvimento infantil. Figueiró explica como a violência e negligência podem influenciar negativamente o crescimento saudável do bebê.

Assista ao 3º bloco do programa

O especialista responde o que devem priorizar os programas de Educação Infantil no Brasil. Segundo ele, o brincar é essencial nessa fase e deve ser esse o ponto central dos currículos. Brincadeiras contribuem para o desenvolvimento cerebral, psiquico, de assimilação de regras, entre outros. Figueiró lembra também a importância da afetividade e da capacidade dos educadores de estabelecerem vínculos com as crianças.

Assista ao 4º bloco do programa

Neste bloco, Figueiró explica que os adultos próximos são tomadas pela criança como modelos de projeção de padrões de funcionamento, padrões afetivos, morais, cognitivos, éticos e motores. O presidente do Instituto Zero a Seis também fala sobre a educação punitiva e a necessidade de reforçar comportamentos saudáveis.

Assista ao 5º bloco do programa

Na última para do programa, o especialista ressalta que não existem evidências de que o uso de tecnologias – inclusive a televisão – por crianças menores de 3 anos tenha algum benefício. Pelo contrário: só existem evidências de malefícios.