Diante de tantos problemas econômicos e sociais, como se pode afirmar que a leitura desde o berço seria capaz de romper o círculo vicioso da pobreza?

O argumento, fundamentado em evidências rigorosas, é o de que a educação, especialmente a educação formal que se dá nas escolas, é o passaporte para o mundo do trabalho – maior o nível de escolaridade, maiores as chances de emprego e renda. O nível de desenvolvimento da linguagem aos seis anos de idade (e mesmo antes), por sua vez, está fortemente associado às chances de sucesso escolar. Ou seja, a leitura desde o berço, comprovadamente, aumenta as chances de sucesso escolar, mesmo de crianças que provêm de ambientes desfavorecidos. Hoje sabemos que, apesar de a escolaridade dos pais afetar as chances de sucesso escolar dos filhos, essa condição, apesar de forte, não é inexorável. Ela que pode ser mitigada ou compensada com iniciativas como programas de leitura.

O Seminário tratou dessas evidências e das formas de promover a formação do hábito de leitura. Foi apresentada pelos conferencistas uma revisão da literatura que relaciona positivamente leitura precoce e desenvolvimento da linguagem e o programa Reach Out and Read, que desenvolve atividades em mais de 4,5 mil centros em 50 estados nos Estados Unidos.

 

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