A educação brasileira

A educação de base é muito ruim por critérios relativos e por critérios absolutos também

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Método da Alfa e Beto Soluções dobrou o nº de alunos alfabetizados em 91 dias

Em entrevista para o Monitor Mercantil, o presidente do Instituto Alfa e Beto, o professor João Batista Araujo e Oliveira, analisa a educação de base brasileira, que de acordo com ele é muito ruim, tanto para os alunos das escolas públicas quanto para os alunos das escolas particulares.

“A educação de base é muito ruim por critérios relativos e por critérios absolutos também. As notas são baixas, os alunos sabem pouco e o avanço entre séries iniciais e finais é muito pequeno, ou seja, o que se aprende nas séries iniciais não é suficiente para que se faça as séries finais. No ensino médio, nós temos um desastre. É nele que ocorre um extermínio com uma gigantesca evasão e quase nenhuma aprendizagem”, declara.

O especialista enumera medidas que devem ser adotadas para solucionar o problema. Primeiramente, é fundamental que as crianças sejam alfabetizadas no primeiro ano. “Para isso existem tecnologia, recursos, conhecimento e exemplos no Brasil, como dezenas de municípios que fazem isso há muitos anos, sendo Sobral o mais importante”.

Para responder ao problema da qualidade do professor, Oliveira indica que a solução conhecida no mundo é o ensino estruturado.

A terceira pontuação do especialista diz respeito à forma como os municípios devem ser tratados. “Você não pode lidar com Rio de Janeiro e São Paulo da mesma maneira que lida com 4 mil municípios brasileiros que têm menos de 5 mil habitantes. Existem estratégias diferenciadas nos níveis federal, estadual e municipal para lidar com isso.”.

O professor avalia que em até 15 anos seria possível virar a situação. “É preciso separar os problemas para tratá-los de forma diferenciada no curto prazo. No médio prazo, a solução simples e eterna é ter professores de qualidade, e aí entra de novo quem pode fazer isso.”

Leia a entrevista na íntegra aqui