Alfabetização: como ensinar grafismo e caligrafia

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O processo de alfabetização depende, sobretudo, da prática da leitura e da escrita. Essa prática deve ser incentivada na escola e também em casa, sempre respeitando a idade das crianças e garantindo o aspecto lúdico.

A caligrafia é uma habilidade psicomotora e a melhor estratégia para aprender esse tipo de habilidade consiste na prática. Essa prática deve permear todo o processo de alfabetização e precisa ser supervisionada por um professor, que deverá ajudara criança a dominar, progressivamente, os movimentos e os traçados das letras, oferecendo avaliação constante de seu desempenho.

Além disso, para ter efeito real na aprendizagem, a prática precisa ser espaçada, ou seja, a criança deve realizar atividades que incentivam a escrita sempre, mas um pouco de cada vez.  Não basta praticar, é preciso praticar com precisão, daí a importância da supervisão e da correção pelo adulto.

A Coleção Grafismo e Caligrafia, que faz parte do Programa Alfa e Beto de Alfabetização, oferece alguns aspectos práticos que devem ser seguidos no trabalho com a criança em idade de alfabetização. Abaixo oferecemos algumas dicas para ajudar nessas questões.

  • As atividades de grafismos e caligrafia devem ser constantes e bem planejadas: as atividades normalmente devem durar de 10 a 15 minutos. A prática espaçada é fundamental para o domínio de atividades motoras. As atividades devem ser bem preparadas, bem entendidas e bem executadas e com tempo suficiente para o aluno entender o que fazer e fazer bem feito.
  • O adulto precisa demonstrar a execução dos traçados: o adulto deve sempre começar demonstrando como será o movimento da letra. Ele deve incentivar a criança a repetir esses movimentos, primeiro no ar, de maneira lúdica, depois, no caderno.
  • A prática deve ser guiada e espaçada:para aprender os traçados, não basta repetir, é preciso fazer corretamente e repetir corretamente. A prática tem que ser guiada pelo adulto, com atenção individual a cada criança. O adulto demonstra, dá oportunidades para o aluno imitar, dá pistas e, se necessário, guia os movimentos do aluno com a mão. Algumas crianças podem precisar de apoio adicional (modelar os movimentos, formas ou letras usando massinha, escrevendo com o dedo na mão da criança, recortando as formas e circulando-as com lápis, usando lápis de grossura diferente, etc.).
  • A avaliação deve observar as dificuldades da criança: o adulto deve avaliar o aluno sobretudo durante a execução das atividades. Este é o momento de identificar as dificuldades de cada criança e de ajudá-las a superá-las mediante o uso das técnicas acima.

Você tem dúvidas sobre alfabetização de crianças? Escreva para a gente contando!

 

 

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