Cotas e a ideologia da diversidade

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Cotas e a ideologia da diversidade

As cotas na educação voltaram a ser tema da coluna “Congresso em Foco” (UOL), do professor João Batista Oliveira. De acordo com o presidente do Instituto Alfa e Beto, é preciso refletir sobre o conceito da diversidade – que frequentemente é usado como argumento para justificar critérios de acesso de indivíduos identificados com ou por diferentes características – raça, cor, etnia, sexo, preferências sexuais –, mas que também poderiam ser outras como região de origem, tamanho ou peso corporal (obesidade).

Entre os riscos dessa linha de pensamento, segundo o especialista, está o fato de o conceito de meritocracia ser colocado em questão.

“A impessoalidade e o mérito converteram-se no padrão-ouro para a seleção de funcionários públicos. No mundo acadêmico isso também se tornou moeda corrente. Dado o critério, os concorrentes serão selecionados unicamente em função do critério – o que supostamente asseguraria transparência e isonomia”, explica.

Já sobre as dificuldades na hora de implantar uma política de cotas, João Batista Oliveira comenta que seria difícil responder que tipos de desigualdades seriam contempladas.

“Na prática se abre uma caixa de Pandora. Todos sabemos como começa, ninguém sabe como pode terminar. As tensões e guerras identitárias surgem como um prenúncio. Como em tudo na vida, é prudente fazer as contas antes de começar qualquer novo empreendimento”, conclui.

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