O drama existencial do Inep

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O drama existencial do Inep

As sucessivas trocas de comando no Inep e a crise no MEC e no Enem foram tema de novo post do professor João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, em sua coluna “Congresso em Foco” (UOL).

O especialista explica que o Inep é responsável por gerir os dados da educação e realizar políticas de avaliação do ensino, mas questões ideológicas atrapalham o processo.

“Esses desvios se tornaram uma hidra devoradora de cabeças – com predileção pela cabeça de presidentes”, comenta João Batista ao se referir a mais uma troca na presidência do Inep por conflitos internos.

João Batista chama atenção para o fato de o Enem ser de grande interesse da classe média – já que serve de acesso ao ensino superior público. O problema é que a forma como o exame é concebido vem criando espaço para especulações ideológicas.

Uma possível solução para a questão, de acordo com o professor, seria tirar do Inep a função de elaborar e aplicar os testes.

“Isso cria espaço para cobiça e outros interesses, especialmente quando a responsabilidade pela elaboração do teste é tirada do contexto técnico em que deveria ser realizada e, indevidamente, é trazida para o contexto de uma agência pública”, reforça.

Por fim, João Batista defende que existem outros órgãos que poderiam assumir esse trabalho. “Não existe necessidade nem razão para o INEP se envolver em elaborar e aplicar testes. Temos agências e instituições especializadas no tema. Dificilmente esses centros arriscariam sua reputação técnica elaborando itens que geram tanta controvérsia”, conclui.

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