Quem ganha e quem perde com a política nacional do livro didático? Pergunta João Batista Oliveira em artigo publicado no Estadão

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No artigo “Livros didáticos: critério ou censura?”, publicado no último domingo, 28 de março, no jornal O Estado de S. Paulo, João Batista Oliveira comenta a política de aquisição de livros didáticos por parte do poder público no Brasil.

“Na maioria dos países desenvolvidos, inexistem políticas de livros e materiais didáticos. Autores e editoras publicam seus livros, e as escolas os adotam ou não. (…) O que acontece no Brasil? Os burocratas de plantão se apoiam no cipoal de leis e normas para justificar sua fúria regulatória. Um edital de aquisição de livros didáticos nunca tem menos de 80 ou 90 páginas – listas e listas de critérios, normas e regulamentações a serem observadas. As editoras – só as grandes conseguem sobreviver – contratam exércitos de especialistas em filigranas para policiar a elaboração dos livros. Com isso, o foco muda do aluno para o censor – o livro é escrito para passar no crivo dos censores”, diz o presidente do Instituto Alfa e Beto no texto.

Ele indaga: “Precisamos de tudo isso? Quem ganha e quem perde com a política nacional do livro didático? Há caminhos alternativos? Qual deve ser o papel dos diferentes níveis de governo nesse tema?”.

Para o especialista, comparar nossos livros com os de outros países, europeus ou asiáticos, daria uma boa dimensão do resultado a que levam essas práticas regulatórias.

Reproduzido abaixo, o artigo também pode ser lido na íntegra AQUI.