Método fônico: como ensinar o “som” das letras?

34545

Na alfabetização pelo método fônico, a professora alfabetizadora não precisa ensinar aos alunos o “som” das letras. Pelo menos esse não é o objetivo final. O objetivo é ajudar o aluno a entender que mudando a letra, muda-se o som. É isso que significa “descobrir” o princípio alfabético. O próximo passo, na alfabetização, será identificar o valor de cada correspondência (p + a = pá e p + e = pé). Isso significa decodificar.

Existem técnicas comprovadas e consagradas para ajudar o aluno a adquirir a consciência dos fonemas. Basicamente o aluno precisa aprender duas técnicas básicas:

  • Análise de fonemas, isto é, decompor uma palavra nos seus “sons”. Por exemplo, a palavra decomposta em seus três fonemas: UAI /u/ /a/ /i/.
  • Síntese e fonemas, isto é, juntar os fonemas representados pelas letras para produzir o som da palavra. Por exemplo: /u/ /a/ /i/ UAI.

As atividades mais adequadas para aprender essas técnicas incluem:

  • Identificar o som de cada fonema da Língua Portuguesa
  • Discriminar um fonema de outro (/v/ de /f/, por exemplo).
  • Identificar o nome de cada letra (o nome da letra F é “efe” ou “fê”, mas o som que ela representa é o /f/).
  • Identificar o fonema mais típico que cada grafema (uma ou mais letras) representa.

O que o aluno precisa aprender?

  • Para cada par fonema-grafema, o aluno precisa aprender
  • A identificar o fonema em diferentes posições na palavra.
  • A identificar o grafema (letra ou letras) que representam o fonema.
  • A fazer análise, ou seja, decompor uma palavra nos fonemas que a constituem.
  • A fazer síntese, isto é, juntar sons para formar palavras. A síntese pode ser tanto oral (a partir de palavras ouvidas) quanto escrita (a partir da leitura de palavras).

Além dessas competências, as primeiras atividades ajudam o aluno a desenvolver consciência fonológica, ou seja, a capacidade de identificar e discriminar unidades de som maiores, até que chegue ao nível do fonema.

Trecho baseado no livro “Manual da Consciência Fonêmica”, escrito por João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto.