Processo de alfabetização

A alfabetização da criança significa ensinar as regras de funcionamento do código alfabético e as regras básicas do código ortográfico. O aluno está alfabetizado quando é capaz de transcrever por escrito o que ouve e pronunciar oralmente o que está escrito.

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Processo de alfabetização

Para iniciar o processo de alfabetização, a criança precisa superar três desafios:

    • 1. Compreender o princípio alfabético: entender que as palavras são formadas por sons (fonemas) e que os fonemas, por sua vez, são representados por letras (grafemas);

2. Aprender a decodificar: conhecer as relações entre os fonemas e os grafemas que os representam para extrair o som das palavras escritas;

3. Assimilar o princípio ortográfico: as regras que regem a escrita das palavras.

Para compreender o princípio alfabético é necessário que a aluno desenvolva a consciência fonêmica, isto é, ser capaz de identificar os segmentos de som que formam uma palavra (os fonemas).

O termo “consciência” é utilizado pois a criança ainda não possui consciência desses elementos – a criança não alfabetizada ouve, processa e interpreta uma frase ou palavra como um todo. Antes do processo de alfabetização há várias brincadeiras que ajudam, como rimas, assonâncias e aliterações, que chamam atenção para os “sons” das palavras. No início do processo ajudam as brincadeiras de segmentar as frases em palavras, sílabas e, aos poucos, em fonemas.

Tomar consciência dos fonemas como sendo a menor unidade de uma palavra permite que o aluno adquira o princípio alfabético – primeiro passo para se alfabetizar.

O próximo passo consiste em aprender, de maneira sistemática e explícita, a relação entre os fonemas e grafemas – e isso se chama de método fônico.

As evidências científicas demonstram que o método fônico apresenta resultados superiores aos de outros métodos de alfabetização.
No Brasil é muito comum os educadores confundirem o processo de aprender a ler do processo de ler, e do processo de ler para aprender. Alfabetizar significa aprender a ler. É algo concreto, específico, finito.

Ler é para quem já foi alfabetizado, quem já aprendeu a ler. Antes, durante e depois do processo de alfabetização a criança precisa viver num ambiente rico em livros e leitura e desenvolver habilidades de compreensão de textos, bem como competências de redação.

A Alfa e Beto Soluções ajuda a escola no processo de alfabetização

A BNCC – Base Nacional Comum Curricular – estabelece algumas das principais habilidades que a criança precisa adquirir para se alfabetizar. Tendo por base tais habilidades, as evidências científicas e as recomendações da Ciência Cognitiva da Leitura, a Alfa e Beto desenvolveu materiais para ajudar as escolas nas diferentes etapas do processo de alfabetização:

○ Consciência fonêmica;
○ Princípio alfabético;
○ Decodificação;
○ Fluência de leitura.
○ Conforme comprovado pelas pesquisas científicas, o método fônico é eficaz se implementado de maneira estruturada, por meio da utilização de materiais didáticos diversos: uso de letras, alfabetos, textos desenvolvidos ou escolhidos por critérios semânticos e morfossintáticos.

Quer saber mais? Baixe os livros gratuitos da Alfa e Beto:

– Ensino da Língua: O Que Dizem as Evidências (E-book)
– Alfabetização. Em Que Consiste. Como Avaliar (E-book)
– Guia IAB de Leitura Para a Primeira Infância (E-book)
– Educação no Século XXI: Educação Infantil (E-book)
– Leitura Desde o Berço (E-book)

Conheça as Soluções da Alfa e Beto para a Alfabetização
– Programa Alfa e Beto de Alfabetização
– Aprender a Ler
– Manual da Consciência Fonêmica
– Bonecos
– Cartelas
– Pacote de letras
– Minilivros
– ABC do Alfabetizador
– Alfabetização de Crianças e Adultos: Novos Parâmetros
– Ilhas do Alfabeto
– Coleção Livro Gigante
– Coleção Destrava Língua
– Coleção Grafismo e Caligrafia

Evidências Científicas

 

○ Abadzi , H. (2002). Adult literacy: Implementation experiences and advice from learning research for improved quality. Washington, D.C.: The World Bank Operations Evaluation Department

○ Adams, M.J. (1990). Beginning to read: Thinking and learning about print. Cambridge, MA: The MIT Press.

○ Cardoso-Martins, C. e Batista, A. C. E. (2003). The role of letter-name knowledge in learning to connect print to speech: Evidence from Brazilian Portuguese speaking children. Trabalho apresentado no encontro da Society for Research in Child Development, Tampa, Florida, Abril de 2003.

○ Gombert, J. E., Colé, P., Valdois, S., Goigoux, R., Mousty, P. e Fayol, M. (2000). Enseigner la lecture au cycle 2. Paris: Nathan.

○ Kuhn, D. (1992). Cognitive Development. In M. Bornstein e M. Lamb, Eds. Developmental Psychology: An advanced Textbook. Hillsdale, N.J. Lawrence Erlbaum Associates, Publ. 3a. edição,cap. 4, pp. 211-272.

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○ National Institute of Child Health and Development (2000). The National Reading Panel: Teaching children to read: An evidence based assessment of the scientific research literature on reading and its implications for reading instruction. Washington, D.C.: National Institute of Child Health and Development.

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