Em novo vídeo postado no canal de YouTube do Instituto Alfa e Beto, o professor João Batista Oliveira fala sobre os problemas centrais da educação brasileira relacionados mais diretamente à atuação do MEC.
O comentário foi feito no contexto de uma pergunta sobre expectativas na área de educação com as eleições presidenciais do ano que vem.
Os tópicos destacados pelo presidente do Instituto Alfa e Beto são: políticas de recrutamento de professores dentre os melhores alunos do Ensino Médio, a “reforma da reforma” desta etapa, o estímulo à multiplicação de experiências exitosas em alguns estados e municípios, e a adoção de metodologias de ensino baseadas em evidências para melhorar principalmente a alfabetização.
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Confira abaixo o que disse o especialista:
Professores recrutados dentre os melhores alunos
“O Brasil não vai melhorar a educação se continuar com as políticas atuais de recrutamento de professores. Em todos os países desenvolvidos, o professor é recrutado entre os 30, 40, 50% melhores alunos do ensino médio. Em alguns países, entre os 5% melhores, 3% melhores. Há muito o que o MEC pode fazer para mudar isso. Não digo uma lei, um decreto, mas iniciativas para mudar esse vetor”.
Reforma de verdade do ensino médio
“É preciso reformar a reforma do ensino médio. A reforma do ensino médio que está aí não levou a lugar nenhum em quatro anos e não vai levar. É importante entender a situação, diversificar de verdade, mobilizar o Sistema S, o setor privado, e acertar o ENEM. É preciso sinalizar corretamente para as escolas que preparam para os vestibulares das áreas acadêmicas, assim como é preciso sinalizar com certificações profissionais para as outras habilidades”.
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Boas práticas de estados e municípios – Alfabetização baseada em evidências
“O terceiro ponto é estimular experiências exitosas de estados e municípios para aumentar a eficiência em vez de ficar priorizando grandes programas, leis e normas. Promover a municipalização, otimizar recursos, adotar metodologias baseadas em evidências para melhorar a alfabetização”.
Assista ao vídeo AQUI.