Em artigo publicado nesta quinta, 2 de abril de 2020, no jornal Valor Econômico, João Batista Oliveira trata de um tema que parece ter sido deixado de lado em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus: a importância da alimentação adequada de gestantes e de crianças em seus primeiros anos de vida.
No máximo, o que se tem visto até agora é a preocupação em transferir recursos da merenda escolar, mas isso só atinge, no máximo, os alunos matriculados. Mais da metade das crianças mais pobres não se encontram em creches.
Em seu artigo, o professor chama atenção para o fato de haver um “relaxamento” quanto ao atendimento pré-natal e aos cuidados com a alimentação das mães e das crianças menores. Segundo ele, isso poderá ter impactos graves e duradouros no futuro desempenho escolar das crianças. O Brasil poderá perder muito de seu investimento em capital humano.
Face à essa ameaça, o artigo sugere aos prefeitos e autoridades:
- Assegurar e reforçar condições para que as grávidas façam o pré-natal completo e, se necessário, recebam suplementação alimentar
- Assegurar atenção especial à segurança alimentar e alimentação adequada das crianças, especialmente de até 3 anos de idade e suas mães
- Se – e onde – possível, acrescentar livros à cesta básica desse grupo, com orientações a respeito de como ler para crianças desde o berço.
A hora de agir é agora, a sociedade pagará um preço muito elevado se falhar nesta tarefa.
A principal responsabilidade é dos prefeitos. O governo federal poderia contribuir com financiamento. A sociedade civil pode ajudar na implementação.
Confira o texto abaixo na íntegra (reprodução do artigo publicado no Valor Econômico) ou por meio deste link.