
Na última avaliação do SEAMA (Sistema de Avaliação do Maranhão), realizada em 2022, os índices deixaram as autoridades locais frustradas. Somente 3% dos alunos estavam no nível fluente de leitura, e mais de 50% no nível pré-leitor.
Foi a partir daí que, no ano passado, ela entrou em contato com o Instituto Alfa e Beto e deu início à parceria. Mesmo com o pouco tempo de trabalho em conjunto, os resultados já começam a aparecer. “Este ano, o salto foi significativo: 24% dos nossos estudantes já são leitores fluentes; 49% leitores iniciantes; e 27% ficaram no nível pré-leitor. Estamos no mês de setembro e temos tempo de melhorar ainda mais esses resultados até o fim do ano letivo. Percebemos que estamos no caminho certo agora”, garantiu a secretária.
Maria Sônia explicou que o que procuravam era um ensino que pudesse ser replicado em toda a rede, em uma mesma linha de trabalho e que fosse observável. “Daí tivemos a grata satisfação de conhecer a metodologia de trabalho do Instituto Alfa e Beto. Resolvemos aderir ao projeto e, mesmo com pouco tempo e tendo passado por um período de enchente em nosso município e ficado mais de um mês parados, já conseguimos vislumbrar mudanças significativas no aprendizado de nossos estudantes.”

Segundo a secretária, os avanços não param nem vão parar por aí. O município tem investido muito em formação para os professores e demais colaboradores, como gestores escolares, supervisores e coordenadores pedagógicos.
“Também aderimos à estratégia Busca Ativa Escolar da UNICEF; inclusive somos referência por cumprir nossas metas. Essa estratégia nos possibilita um trabalho intersetorial (Saúde, Educação, Conselho Tutelar e Assistência Social) e temos conseguido evitar a evasão e melhorado a frequência escolar. E essa parceria com o IAB, que veio fortalecer ainda mais nosso trabalho rumo a uma Educação de qualidade”, afirmou Maria Sônia. Atividades complementares de Língua Portuguesa e Matemática em todas as escolas da rede são outros diferenciais em Trizidela do Vale, sem contar com melhoria da estrutura física das escolas.

Maria Sônia, entretanto, lembrou que o início foi bastante difícil. “Tudo que é novo assusta. No início, tivemos algumas resistências, principalmente quanto a essa relação fonema/grafema, marca da metodologia IAB. Mas, rapidamente, todos foram observando a organização, o material, percebendo a melhoria da aprendizagem e, felizmente, todos se engajaram. Valeu muito a pena.”
E não são só as autoridades e o corpo docente que estão satisfeitos não. “Principalmente os pais daqueles alunos que tinham mais dificuldades na aprendizagem. Alguns chegaram até a ligar para os professores, admirados com o desempenho dos filhos”, comemorou a secretária.














