Em entrevista ao jornal O Dia, João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, falou sobre a profunda desigualdade no sistema educacional brasileiro. Ele destacou como o desempenho dos alunos em redes públicas e privadas varia amplamente, com uma discrepância então evidente tanto nas capitais quanto no interior do país.
As Disparidades Educacionais no Brasil
Desigualdade entre Redes Pública e Privada
A entrevista de João Batista Oliveira explora como a Prova Brasil evidencia o abismo entre as escolas públicas e privadas. No Rio de Janeiro, a média de desempenho dos alunos da rede pública no 9º ano equivale ao conhecimento dos alunos do 5º ano da rede privada. Desse modo, o dado revela a profundidade da desigualdade educacional que afeta tanto o estado quanto o país como um todo.
Impacto da Continuidade Administrativa
Analisando o impacto político, João Batista destaca que municípios com prefeitos em segundo mandato tendem a ter melhores resultados educacionais. Ele atribui isso à continuidade administrativa, que assim permite ações mais eficazes e consistentes, sem interrupções abruptas.
Tecnologia na Educação e Proibição de Celulares
João Batista é favorável à proibição do uso de celulares nas escolas, apoiando-se em evidências científicas que demonstram que essas tecnologias, sem supervisão adequada, distraem e prejudicam o aprendizado. Ele também vê a tecnologia como uma ferramenta potencialmente transformadora, mas acredita que ainda dependemos de métodos tradicionais eficazes como currículos bem estruturados, livros didáticos e bons professores.
A Crise da Alfabetização
A alfabetização no Brasil é descrita como um “desastre”, resultado de décadas de políticas inadequadas e ideologias equivocadas. João Batista argumenta que a solução passa por um compromisso com práticas comprovadas e baseadas em evidências, com o exemplo de municípios que conseguem alfabetizar todos os alunos até o 1º ano do ensino fundamental.
Conclusão
A análise de João Batista Oliveira destaca os desafios críticos e as desigualdades então persistentes no sistema educacional brasileiro. Segundo ele, é urgente a adoção de políticas baseadas em evidências e a eliminação de práticas ineficazes para assim melhorar a educação no país.
Para detalhes completos, leia a entrevista no O Dia.