Os jovens estão aptos à leitura digital?

Se um aluno pode ler no papel, ele também pode ler online, certo? Não exatamente. Existe uma diferença importante entre as duas habilidades – sendo a primeiro, claro, essencial para a segunda. Mas para ser capaz de ler bem na tela, não basta decodificar e apreender sentido. Também são necessárias outras habilidades como a capacidade de navegar através de diferentes páginas na internet, filtrar fontes relevantes e confiáveis, e saber  lidar com uma quantidade infinita de informação. Bem diferente da leitura linear da maioria dos livros.

Pelo menos é isso que aponta um relatório* divulgado em setembro pela OCDE, organização internacional responsável pela aplicação do Pisa, exame que avalia jovens de 15 e 16 anos em mais de 60 países. Além de avaliar habilidades de leitura, matemática e ciências, o Pisa também vem avaliando conhecimentos digitais – essenciais para o jovem do século XXI.

De acordo com o documento os estudantes que tiveram bom desempenho na prova de leitura em papel também atingiram boas pontuações no teste referente a suas habilidades digitais, especialmente leitura online, reforçando que ensino da língua eficiente segue sendo a base para o chamado “letramento digital”. Infelizmente, o Brasil atingiu uma pontuação baixa nos dois quesitos. Mas ler bem não basta para surfar na onda da internet.

Entre os países avaliados, um em cada dez alunos demonstrou dificuldades de navegação, sinalizando falta de conhecimentos básicos de informática e falta de familiaridade com a navegação na web. Isso, aponta a OCDE, interfere no desempenho da leitura quando feita em uma tela, algo que pode ser um grande problema dado o alto nível de conectividade entre os adolescentes.

Em média, os estudantes em Cingapura, seguidos por estudantes na Austrália, Coreia, Canadá, Estados Unidos e Irlanda, obtiveram a classificação mais alta em relação a seu comportamento de navegação na internet. Eles demonstraram, por exemplo, capacidade para checar um link antes de clicar nele e encontrar outros links relacionados a um tema. Mas em Macau, Xangai e Taipei, os estudantes apresentaram dificuldades nesse tipo de leitura – mesmo estando no topo da lista quando o assunto é leitura em papel.

O diferencial dos estudantes que melhor leem na internet está no fato de que eles sabem como navegar através de textos digitais. Isso mostra que as conexões entre estudantes, computadores e aprendizagem não são tão simples nem altamente conectadas. As contribuições reais que as tecnologias para educação podem dar ao ensino e à aprendizagem ainda têm de ser plenamente exploradas, destaca o relatório.

Mas, enquanto os computadores e a internet têm um papel central em nossas vidas pessoais e profissionais, estudantes que não tenham adquirido competências básicas em leitura, escrita e navegação em uma publicação digital ficarão desconectados da vida econômica, social e cultural em torno deles.

A mídia online e outros serviços baseados na internet oferecem novas oportunidades para enriquecer nossas vidas, e o estudo conclui que os indivíduos devem estar familiarizados com textos digitais e dominar as habilidades de navegação, a fim de se beneficiar plenamente dessas oportunidades.

*Para ler o relatório completo da OCDE (em inglês), clique aqui.

Plano de aula: a importância do bom planejamento para a aprendizagem

Um elemento-chave do ensino eficaz reside no planejamento das atividades de ensino e de aprendizagem realizadas na escola, particularmente na sala de aula. Esse planejamento deve ser feito para cada dia de aula e é parte das responsabilidades profissionais do professor.

Sem ele, os objetivos de aprendizagem perdem o sentido. Por isso, um plano de aula deve conter, ainda que de maneira resumida, as decisões pedagógicas do professor a respeito do que ensinar, como ensinar e como avaliar o que ensinou.

Não se deve esperar que um plano de aula sirva, da mesma maneira, para professores diferentes. Ele é um instrumento individual de trabalho e deve ser desenvolvido para atingir os objetivos de cada turma, em separado.

Entretanto, seja o professor experiente ou iniciante, seu plano de aula deve conter uma estrutura básica, que é a mesma para todos os casos. O que pode variar é o nível de detalhe e a forma de registro, que alteram de acordo com a experiência e o estilo de cada professor.

Sua adequação depende de dois critérios: utilidade para o professor e eficácia para que os alunos aprendam. Se o professor não tem qualquer ideia a respeito do que pretende com uma aula, dificilmente saberá se atingiu seus objetivos.

Para que cumpra seu papel, o planejamento deve considerar três dimensões:

  • Primeira: o plano de aula tem como fundo a aula e a sala de aula. Essa aula é parte integrante de um curso, que, por sua vez, integra a proposta pedagógica da escola. Ou seja, a aula nunca é um evento isolado. Os objetivos de longo prazo previstos na proposta materializam-se a cada dia, em cada aula.
  • Segunda: a sala de aula é um lugar físico onde os conteúdos previstos serão ensinados à turma. Mas não significa estar entre quatro paredes. A aula também pode ocorrer em outros ambientes, internos e externos da escola. O planejamento do professor pode incluir, por exemplo, projetos a serem realizados em casa ou no horário extra aula.
  • Terceira: cada aula deve ser cuidadosamente planejada, ministrada, avaliada e revista para permitir o replanejamento da aula seguinte. Sem isso, o professor pode chegar ao final do semestre, ou do ano, sem ter cumprido o seu plano, e sem condições ou tempo de promover a recuperação dos alunos que não acompanharam o andamento do programa.

Não existe uma forma única ou ideal para elaborar um plano de aula. O formato do plano depende da escola, da disciplina, do professor, de sua experiência com a matéria e com os alunos. O que importa é sua utilidade para ajudar as decisões do professor e seu impacto na aprendizagem dos alunos. Ou é útil para estes, ou não tem qualquer utilidade.

Abaixo, detalhamos sete aspectos que o educador precisa considerar em seu planejamento para ser eficaz. Os tópicos foram retirados do livro Aprender e Ensinar, publicação do Instituto Alfa e Beto que traz s conceitos e ferramentas necessárias para planejar, ministrar e avaliar aulas com sucesso. Confira:

  1. Objetivos gerais e objetivos específicos
    Os objetivos da educação são sempre de longo prazo – o que o aluno aprende na escola deve servir sempre ou para aprender mais ou para aplicar em situações novas, no futuro próximo ou remoto. Cada aula é um passo para atingir os objetivos de longo prazo e o que ocorre em cada aula deve ser consistente com isso.
  2. Pré-requisitos
    Pré-requisito refere-se a algo aprendido anteriormente e que integra uma nova aprendizagem. Essa nova aprendizagem não pode ocorrer sem que o pré-requisito tenha sido apreendido e esteja disponível na memória ativa do aluno. Por exemplo, para compreender um conteúdo sobre a história do continente americano, o aluno deve ter como pré-requisitos os conceitos de Terra, conceitos de sociedade, o nove dos continentes, leituras de mapas etc.
  3. O que deverá ser revisto na aula
    Toda aprendizagem repousa em aprendizagens anteriores. Recordar assuntos, conceitos e operações já aprendidas facilita novas aprendizagens e permite aplicar o conhecido a novas situações. Cada plano de aula deve ser concluído com orientações sobre a aula seguinte, ressaltando para os alunos a relação com os objetivos gerais do curso.
  4. Considerações sobre motivação e aplicações práticas
    A motivação numa aula é algo muito concreto e tem duas implicações que também são muito concretas. Uma delas é a de energizar, mobilizar a atenção, o esforço e a energia do aluno. A outra é a de conectar o aluno com o tema e objetivo da aula. A mobilização, portanto, tem que ser permanente e duradoura – não pode se tratar de qualquer estímulo, apenas para chamar a atenção inicial dos alunos.
  5. Atividades a serem desenvolvidas
    As atividades não devem ser vistas como uma tarefa mecânica, mas sim como uma oportunidade de alcançar os objetivos previstos para a aula. Para cada atividade, o plano de aula deve identificar o formato, o conteúdo, as questões a serem respondidas pelo aluno, as formas de trabalho, o material e o tempo necessário.
  6. Materiais necessários
    A possibilidade de materiais é quase infinita – tudo o que existe no mundo, a rigor, pode tornar-se objeto de aprendizagem. No entanto, é preciso considerar alguns aspectos sobre esse ponto: os materiais devem estar disponíveis no momento da aula; devem ser compatíveis com as formas de apresentar o conteúdo; e as instruções de uso devem ser claras para que o tempo da atividade seja proveitoso.
  7. Como avaliar
    Ao final do plano de aula, o professor deve ter consciência de como, a partir de todos os tópicos citados acima, vai avaliar se os objetivos foram atingidos. A única forma de saber se o aluno aprendeu é oferecendo oportunidades para que ele demonstre o aprendizado, seja por meio de provas, trabalhos de campo, exposições ou outras formas de avaliação.

O Canva possui uma ferramenta que auxilia na criação de planos de aula. Clique aqui e conheça.

Currículo Nacional: o debate que não houve

Nota do Instituto Alfa e Beto:

Este artigo foi publicado originalmente no jornal Folha de S. Paulo

O Brasil desacostumou-se do debate. A sede de novidades e a ideologia do consenso tiraram da mídia o espaço e a motivação para aprofundar ideias.

O mundo acadêmico, especialmente as universidades brasileiras, também parece ter renunciado definitivamente ao confronto de opiniões. No caso do currículo nacional, o MEC impôs a “consulta pública” , ou seja, o envio de mensagens eletrônicas para um buraco negro como única forma de manifestação da sociedade civil, sem direito a um confronto direto de posições.

Não sabemos quais são os autores e, mesmo diante das poucas críticas apresentadas aqui e ali em artigos assinados, ninguém ousou defender as propostas. Nem sequer sabemos se são de autoria ou editadas pelo MEC.

Apenas o currículo de história, no qual a proposta oficial exagerou nas aberrações, mereceu um pouco mais de espaço na mídia. Fora disso, houve reuniões aqui e ali, e, segundo noticia a imprensa, mais de 9 milhões de sugestões foram encaminhadas à caixa preta. Não é assim que se faz um currículo em nenhum país do mundo. Resta esperar pelos desdobramentos.

Quanto ao desenrolar dessa novela –ou tragédia–, há três posições majoritárias. Alguns, que preferiram não se mobilizar, garantem que o assunto não vai dar em nada, que o MEC vai mexer e remexer, fazer mais consultas públicas e, se chegar a enviar uma proposta para o CNE (Conselho Nacional de Educação), ela vai ser engavetada.

Outros acreditam que o documento é salvável, que os erros, mesmo sendo graves, são consertáveis, que vale a pena elaborar análises e críticas, na esperança de que, usando de canais privilegiados de acesso, será possível influir no resultado.

Na terceira hipótese, o MEC parece decidido a acreditar que promoveu um debate, que mobilizou a sociedade, que os erros apontados são questões triviais e que irá em frente com a proposta.

Uma quarta posição, que tentei fomentar com outras pessoas, era promover um verdadeiro debate. Não despertamos qualquer interesse.

O Brasil perdeu a oportunidade de travar um debate, oportunidade ímpar quando se trata de elaborar um currículo: para que deve servir a escola? Se for para ensinar, o que ela deve ensinar? Quando? Quem deve definir os conteúdos? Quais critérios usar para elaborar um currículo? Quem deve participar dos diferentes momentos do debate?

Deve-se fazer isso de uma vez ou aos poucos, com focos nas disciplinas mais básicas? Não sabemos ao menos o significado da divisão entre 60% de conteúdo comum e 40% facultativos. O MEC nunca se preocupou em responder.

Não existe uma resposta única nem um caminho único para elaborar um currículo nacional. Mas se examinarmos o que ocorreu nos países que lideram o ranking da educação no mundo, vamos entender que perdemos uma oportunidade para debater questões fundamentais para o futuro da educação.

Ficamos apenas com um currículo cuja principal característica é a uniformidade ideológica, mas sem respeitar os fundamentos básicos de um processo aberto de confronto de ideias. Não falta um currículo, falta vontade para o debate. Não houve disposição para promover, exigir e manter esse debate. Foi assim que caíram todos os impérios.

Como deve ser uma boa rotina de pré-escola?

Este ano, o ingresso de crianças de 4 e 5 anos anos de idade na Educação Infantil passa a ser obrigatório. A mudança se deve a uma Emenda Constitucional de 2013, que incorporou a etapa ao Ensino Básico, que agora deve durar treze anos. Apesar de o Brasil não estar muito longe de atingir a meta de matrículas nessa faixa etária (temos 87,9 % das crianças de 4 e 5 anos estudando), o país enfrenta um desafio maior que é oferecer qualidade de atendimento a essas crianças.

Pesquisas acadêmicas mostram que o fato de a criança estar matriculada na pré-escola não garante avanços quando o ensino é de baixa qualidade. Pelo contrário, uma pré-escola sem uma proposta curricular que contemple atividades e rotinas apropriadas pode afetar negativamente o desenvolvimento e o futuro escolar dos pequenos.

A organização do tempo constitui um dos maiores desafios para proporcionar à criança cuidados e educação de qualidade. Cada momento da vida na pré-escola deve ser um momento pleno de estímulos, desafios e oportunidades para aprender. Para que isso ocorra, é fundamental planejar bem as atividades de cada dia, no contexto de um plano semanal ou mensal de trabalho. Abaixo, listamos os nove momentos essenciais da rotina da pré-escola. O conteúdo faz parte do Programa Alfa e Beto Pré-escola, do Instituto Alfa e Beto, e leva em consideração as principais evidências científicas sobre aprendizagem na Primeira Infância.

 

  • Chegada e acolhida

Esta é a parte mais importante do dia da criança na pré-escola. Superada a dificuldade na separação dos pais, a criança aprende que é bem-vinda. Quem a recebe, como é recebida pelos adultos, professores e colegas determina o tom do dia e de sua percepção da vida na pré-escola. A chegada também é o momento de formação de importantes hábitos: localizar e guardar objetos, colocar e tirar roupas, amarrar e desamarrar sapatos. A criança deve adquirir autonomia nessas questões logo nas primeiras semanas. A presença de um adulto é fundamental para orientar a formação de hábitos e sequências, bem como para estimular a criança a, progressivamente, tornar-se autônoma.

  • Iniciação e rodinha

Há duas formas mais comuns de iniciar o dia: em algumas escolas, a criança se dirige à sala e tem liberdade para fazer o que quer ou pode ficar brincando no pátio, até a organização de alguma atividade; em outras, as crianças já se dirigem diretamente para uma atividade organizada pela professora. Essa atividade pode ser a rodinha habitual, ou algo que a professora preparou para engajar as crianças diretamente nela. O mais usual é a rodinha, e há várias formas e agendas para ela, dentre as quais destacamos:

  1. Ouvir as crianças, deixá-las contar a respeito de eventos que ocorreram em casa ou no caminho da escola. A escuta é fundamental para o professor identificar crianças que necessitam de atenção especial, e é também um momento profícuo para estimular as crianças que falam pouco e compartilham pouco de suas vidas.
  2. Fazer a chamada, identificar os presentes e ausentes. Conferir o calendário; aprender sobre dias do ano, mês, semana; falar sobre o tempo; acertar as rotinas do dia; anunciar eventos ou surpresas.
  3. Introduzir conceitos. Em rodinha, as crianças podem participar de brincadeiras para conhecer o nome dos colegas, falar nome de objetos, identificar palavras ou fonemas, continuar uma história, etc.
  • Lanche

A hora do lanche é um momento privilegiado para a formação de hábitos de higiene e saúde, organização, comportamentos sociais e habilidades psicomotoras. Mas é, sobretudo, um tempo privilegiado para uma interação adulto-criança muito semelhante à vida em casa. A possibilidade do professor sentar-se junto às crianças e conversar de maneira livre e descontraída deve ser vista como um momento ímpar.

  • Recreio

Numa escola dinâmica em que a criança tem vários graus de liberdade para ir e vir e escolher tarefas e amigos, o recreio não é muito diferente de outros momentos da pré-escola. A existência de espaços e equipamentos adequados e a presença de outros adultos também pode ajudar muito no desenvolvimento de comportamentos sociais. Assegurar a segurança das crianças deve ser uma preocupação básica, e como tudo em segurança, a prevenção é sempre o melhor remédio.

  • Repouso

As crianças variam muito em suas necessidades de repouso e na duração dele. As necessidades tendem a se reduzir com o tempo, mas, como qualquer hábito, o repouso deve ser previsto e cultivado. A escola poderá decidir se as crianças que não têm o hábito de dormir devem permanecer quietas descansando ou se podem participar de outras atividades. Ademais, há momentos em que a criança precisa de um tempo e um espaço isolado para se recompor.

  • Banheiro/higiene

Há várias questões importantes a respeito desses temas.

  1. Com relação à higiene. Comprovadamente as mãos são as maiores transmissoras de doenças entre pessoas, e isso é particularmente acentuado no caso das crianças. Portanto, o acesso a locais para lavar as mãos com frequência é fundamental para evitar doenças.
  2. Com relação ao uso do banheiro. As crianças têm necessidade frequente de ir ao banheiro, mas nem sempre têm a capacidade de prever ou se lembrar. Daí que as necessidades muitas vezes surgem de forma inesperada e com caráter urgente. Ademais, muitas crianças precisam adquirir os hábitos básicos para uso das instalações sanitárias, que nem sempre são ensinados ou praticados em suas casas.
  3. Tudo isso sugere que pias e banheiros devem ser de tamanho adequado, estar na altura adequada e estar localizados, de preferência, em espaços contíguos ou adjacentes à sala de aula. De outra forma, essa atividade pode consumir 20% ou mais do tempo diário do professor.
  •  Despedida

A despedida deve ser precedida de uma revisão do dia. Isso ajuda as crianças a desenvolver o sentido de planejamento, previsibilidade e estabilidade. Também ajuda no desenvolvimento da memória e da organização de estruturas narrativas. Antes do encerramento do dia há cuidados a serem levados em conta:

  1. Arrumação da sala e dos materiais: as crianças devem fazer isso após cada atividade, mas especialmente ao final do dia é importante deixar a sala limpa e arrumada. Isso reforça o senso de planejamento, de ordem e de responsabilidade.
  2. Arrumação das roupas: esta é outra oportunidade para a criança desenvolver hábitos independentes de se vestir e treinar habilidades motoras. Também ajuda a memória e o senso de responsabilidade sobre os objetos que ela leva e traz para a escola.
  3. Itens para levar para casa: frequentemente a criança leva para casa mensagens, bilhetes, trabalhos que faz, livros ou objetos emprestados, ajuda também ajuda o processo de memória.
  4. Dever de casa: se houver dever de casa, o ideal é que isso seja feito de forma sistemática, por exemplo, todos os dias, ou em um dia determinado. Dever passado, deve ser cobrado e cumprido – isso é essencial para a criança desenvolver o senso de responsabilidade.
  5. Saudações calorosas: são essenciais para constituir e reforçar laços de afetividade das crianças entre si e com os adultos e professores. Além disso, é o momento de interações e troca de informações entre professores e pais.
  • Brincadeira livre

Dependendo dos recursos disponíveis, as crianças podem ter tempo para fazer o que quiserem em diferentes espaços da sala. Caso isso seja possível, a professora deve assegurar que as crianças circulem nos vários espaços em dias diferentes, para evitar que sempre façam a mesma coisa. Normalmente, isso se faz formando duplas ou trincas e estimulando as crianças a brincarem juntas. São momentos importantes para as crianças desenvolverem sua individualidade, aprenderem a brincar em grupos de dois, três ou mais; e são momentos preciosos para o professor observar as crianças e engajar-se em conversas reais em torno da atividade que as crianças estão fazendo. Conversa real significa diálogos longos, em que o professor estimula a criança a elaborar seus pensamentos, sentimentos, explicar a ação, etc. É o contrário de fazer questionários com perguntas e respostas ou dar ordens.

  • Atividades organizadas

A cada dia o professor organizará duas, três ou quatro atividades, utilizando os materiais disponíveis. As atividades devem ser planejadas de forma espaçada, mas podem ser sequenciais: por exemplo, o professor pode fazer a leitura de uma história infantil e depois fazer uma atividade ou um desenho sobre o texto lido. A preparação para cada atividade deve ser cuidadosa, pois isso facilita a transição e ajuda as crianças a se concentrarem no que irão começar a fazer.

*****

Para tirar outras dúvidas com relação à rotina e ao planejamento da educação infantil, recomendamos mais duas publicações:

Manual do Gestor da Educação Infantil, que orienta diretores e coordenadores no planejamento e organização de instituições de ensino.

Guia IAB de Educação Infantil, que traz a proposta do Instituto para estimular e promover o desenvolvimento das crianças.

Enem e o Ensino Médio brasileiro em debate

Milhões de jovens aguardam hoje a divulgação da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015, prova que se tornou a mais conhecida avaliação educacional do país por servir de porta de entrada para centenas de instituições de ensino superior. Em número de alunos avaliados, o Enem fica atrás apenas da Prova Brasil.

Aproveitamos esta ocasião para convidar os leitores do blog a uma reflexão sobre a política do Ensino Médio brasileiro, um modelo equivocado e desalentador, responsável pelo extermínio do futuro de milhões de jovens todos os anos.

Isso porque nos países desenvolvidos, o Ensino Médio acadêmico convive com uma diversidade de opções que levam o aluno ao mercado de trabalho ou à continuidade de estudos no ensino superior. O que não acontece no Brasil, que há décadas insiste em seguir na contra-mão dos países desenvolvidos. E o Enem, ao invés de estimular a pluralidade de currículos, reforça o modelo de currículo único, condenando milhares de jovens a uma formação generalista e deficitária.

Para ampliar esse debate, selecionamos em nossos arquivos materiais relacionados à urgência da reforma no Ensino Médio brasileiro e sobre o papel do Enem nesse debate. Também sugerimos artigos que mostram o impacto da educação na economia e como a diversificação do Ensino Médio traria melhorias para o sistema educacional.

Confira:

Fora da Universidade não há salvação. Ou há?
Para o Brasil desenvolver e para as pessoas melhorarem de vida, é necessária uma profunda reforma do ensino médio, criando alternativas fora da camisa de força do vestibular e do ENEM. Mais uma vez, ao insistir no dogma de que fora da Universidade não há salvação, o Brasil marcha na direção contrária do resto do mundo.

O Ensino médio profissionalizante na Europa
A Alemanha tem muitas lições a ensinar ao Brasil, onde a questão da diversificação do Ensino Médio precisa avançar.

Ensino Médio e Profissional: quais são os fatos?
Com tantos recursos investidos no PRONATEC, criado em 2011, ele certamente terá alguns resultados positivos, que precisam ser bem avaliados e aperfeiçoados. Mas seria de se esperar que um programa desta envergadura partisse de um entendimento mais adequado das questões do ensino médio e dos problemas e dificuldades de desenvolver o ensino profissional de qualidade. Confira mais em artigo de Simon Schwartzman.

Ensino Médio: caminhos para um currículo flexível
Publicação do Instituto Unibanco aborda o currículo no Ensino Médio, mostrando como uma base curricular que possibilitasse as chances dos jovens de se inserir no mercado de trabalho ao fim do Ensino Básico poderia trazer benefícios para o país. O estudo discute ainda como a Base Nacional Comum pode ser trabalhada de maneira a apresentar soluções para esse problema educacional.

Ensino Médio: o exterminador do Futuro
De cada 10 jovens que iniciam o ciclo, só 4 o concluem. Há mais vagas no 1º ano do que concluintes do Fundamental. E o número dos que ingressam na universidade a cada ano é muito superior ao dos concluintes do Ensino Médio. A realidade mostra que quem não finaliza essa etapa ganha menos do que os formados apenas no Fundamental – o mercado identifica e penaliza fortemente os excluídos.

Como a educação afeta a economia?
Empresários reclamam: os que chegam para trabalhar não estão preparados. Mas se recusam a admitir pessoas sem experiência, seduzem pessoal qualificado dos concorrentes inflacionando salários e investem muito pouco em treinamento. Educadores afirmam que sua função não é preparar mão de obra e sim, cidadãos conscientes e críticos. Há convergências possíveis?

Dez descobertas da neurociência sobre a alfabetização

Os avanços da ciência estão por todas as partes e em diversos setores. Na educação, no entanto, as evidências não costumam ser levadas em consideração na hora das decisões, sejam elas de nível macro, como políticas públicas que afetam todo um estado ou município, ou de nível micro, como práticas de sala de aula.

Em particular, a alfabetização é um campo cujos avanços científicos são bastante difundidos mundialmente, mas que ainda não ecoam no Brasil. Modernas técnicas usadas em medicina, especialmente neurologia e neurolinguística, vêm sendo empregadas para desvendar os mistérios da alfabetização e são aplicadas com rigor em países mais avançados do ponto de vista educacional.

Com base no livro Alfabetização de Crianças e Adultos: novos parâmetros, publicado pelo Instituto Alfa e Beto, listamos abaixo os dez avanços mais importantes sobre alfabetização, reconhecidos pela comunidade acadêmica internacional.

Esse conjunto de conhecimentos possibilita uma noção mais precisa sobre como aprendemos a ler, quais as competências envolvidas nesse processo e como devemos ensinar os alunos a ler. Essas descobertas têm levado a estudos cada vez mais aprofundados não apenas sobre como aprendemos a ler e escrever, mas também sobre as formas mais eficazes de ajudar crianças e adultos a ler e escrever. Confira:

1. O cérebro lê letras. As letras são tratadas por estruturas cerebrais de grande especificidade funcional. Há redes neuronais específicas para o tratamento das letras – diferentemente de números, desenhos ou sentido das palavras.

2. O cérebro também representa unidades intermediárias entre a letra e a palavra, como sílabas, dígrafos, sufixos, desinências, etc.

3. Existe uma área específica no hemisfério esquerdo do cérebro que é responsável pela codificação ortográfica. Esse registro é feito independentemente da informação ortográfica representar ou não uma palavra e supõe-se estar em estreita conexão com as representações fonológicas correspondentes à informação ortográfica.

4. O cérebro identifica uma palavra usando informações de natureza ortográfica e fonológica. No entanto, ele processa primeiro a informação ortográfica, e o faz de forma inconsciente.

5. As representações ortográficas e fonológicas são interconectadas e sustentadas por redes de neurônios.

6. O princípio alfabético: as letras do alfabeto (grafemas) não representam sons; elas representam fonemas.

7. O princípio alfabético é o primeiro passo para a aprendizagem da leitura e constitui o fator que melhor prediz o desempenho de leitura. Sem dominar o princípio alfabético, é impossível ler palavras novas.

8. A consciência fonêmica, isto é, a capacidade de identificar intencionalmente e explicitamente fonemas na fala, está fortemente relacionada com o desempenho posterior em leitura.

9. Descobrir o princípio alfabético é diferente de dominar o código alfabético, já que esta última habilidade implica conhecer as regras de funcionamento do conjunto das correspondências grafema-fonema.

10. A decodificação é essencial para a automatização do processo de leitura, ou seja, para identificar palavras escritas rapidamente e sem esforço.

Recomendamos a leitura do livro para quem deseja se aprofundar mais no assunto e conferir a bibliografia de pesquisas que inspiraram a lista. O material está disponível em nossa loja virtual. Para conhecer outras soluções educacionais para a alfabetização, acesse a página do Alfa e Beto Soluções.

Site oferece conhecimentos científicos sobre desenvolvimento infantil

A Primeira Infância é um dos conceitos que mais tem ganhado espaço no meio acadêmico nos últimos anos. É consenso entre os estudiosos que estimular corretamente o desenvolvimento infantil nessa fase – que começa na gestação e termina por volta dos seis anos de idade – é crucial para garantir que a criança seja capaz de atingir uma vida plena e saudável.

Para que o desenvolvimento ocorra de forma adequada e tenha reflexos na vida adulta, é importante que tomadores de decisões, planejadores de serviços de atendimento à população, educadores, cuidadores e famílias tenham acesso a informações a respeito de tudo que tem influência – positiva e negativa – nesse processo.

A internet tem sido uma das grandes aliadas na divulgação desse tipo de informação. Sites como o Radar da Primeira Infância, Desenvolvimento Infantil e a página do Instituto Alfa e Beto, por exemplo, trabalham na divulgação de evidências que fazem a diferença para quem está envolvido direta ou indiretamente com a Primeira Infância.

Umas das iniciativas mais reconhecidas internacionalmente neste meio é o projeto canadense Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância, produzido pelo Centro de Excelência para o Desenvolvimento na Primeira Infância (Universidade de Montreal) e pela a Rede Estratégica de Conhecimentos sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância (Universidade de Laval). O site, que está disponível em cinco idiomas, conta com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Conass para a tradução para o português.

A Enciclopédia é uma ferramenta de referência confiável e fácil de utilizar, que divulga conhecimentos sobre o desenvolvimento das crianças pequenas gratuitamente. Todo o acervo de itens – separados por temas e ordem alfabética – vem sendo ampliado há 15 anos por uma rede internacional de especialistas que coletam, resumem e comentam, conforme seu campo de especialização, os conhecimentos científicos mais recentes sobre o desenvolvimento na Primeira Infância.

Os temas são divididos em cinco categorias: Comportamento; Educação e aprendizagem; Saúde e Nutrição; Gestação; Serviços e Política; e Família. Questões como o brincar, o autismo, o desenvolvimento cerebral e a resiliência, dentre outros, são discutidos do ponto de vista das evidências científicas, com textos redigidos por pesquisadores de prestígio internacional. Termos comoFunções Executivas, Importância do Desenvolvimento Infantil e Cérebro, que geralmente só são discutidos entre especialistas, também são explicados de maneira clara e objetiva para o público geral.

Para quem deseja informações mais aprofundadas, ainda é possível expandir a leitura com artigos completos e indicações de textos adicionais. Diante de tanta informação que circula na internet, é cada vez mais importante encontrar (e divulgar) projetos que sejam baseados em evidências.

Para saber mais, acesse a Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância.

O desafio de educar melhor

O maior benefício da queda no crescimento populacional de um país é a possibilidade de ter mais recursos para educar as crianças. É difícil encontrar uma nação onde tal oportunidade seja tão grande quanto no Brasil. Por duas razões: os nascimentos estão caindo aqui mais rápido que no restante do planeta e o nível médio do nosso ensino ainda é muito baixo, o que significa que qualquer ganho resulta em benefícios enormes.

O Brasil é também um dos locais que sofrem a transição demográfica mais radical em curso. E vai começar a ter uma população decrescente antes da metade do século. Não pode mais, portanto, contar com mão de obra barata para impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB). É consenso entre os especialistas que precisamos buscar um novo padrão de desenvolvimento, baseado na agregação de valor, de preferência por meio da inovação, que, por meio da ruptura com padrões produtivos estabelecidos, permite os maiores ganhos.

“Os exemplos de países com sucesso na manutenção do crescimento estão ligados a um investimento prévio em capital humano, casos de Cingapura, Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan”, afirma Kaizô Iwakami Brandão, professor da Escola Brasileira de Administração Pública (Ibape) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A dificuldade dessa tarefa no caso brasileiro está no fato de que a maior parte das crianças nasce nas famílias de menor renda, nas quais o desafio do ensino é muito maior. Os resultados dos exames de avaliação mostram que os meninos e meninas das classes D e E têm desempenho muito abaixo dos demais. “Reverter esse processo é difícil”, alerta Paulo Rocha, presidente do IDados, uma plataforma de informações educacionais com viés econômico.

Fechamento de escolas

Para educar melhor as crianças mais pobres é preciso insistir que os pais, que não tiveram educação de qualidade, garantam que elas frequentem a escola e proporcionem em casa um ambiente de estímulo ao aprendizado. Além disso, é indispensável que os bairros onde elas vivem sejam seguros, para que ir à escola não se transforme em um risco adicional e também para que bons professores tenham vontade de trabalhar nesses estabelecimentos.

Ao contrário de serem apontadas como um problema, as crianças das famílias mais pobres devem ser vistas como uma oportunidade extremamente valiosa para um país que passará a ter escassez de gente em breve. Elas serão a maior fonte de recursos humanos para o crescimento econômico.

O Brasil começou tarde a tarefa de universalizar o ensino fundamental. Mas essa tarefa está praticamente concluída: hoje 93% das crianças em idade de frequentar o ensino fundamental estão matriculadas em uma escola. “O foco não pode mais ser a expansão da rede. Vamos precisar de menos escolas e de menos professores”, alerta Rocha, que também é professor do IESE Business School, em Barcelona.

Algumas escolas, em áreas com menor demanda, terão de ser fechadas. Isso tende a provocar reações fortes da população pelo seu peso simbólico, mesmo nas situações em que o movimento se justifica em termos de alocação de recursos públicos e de política educacional. Em São Paulo, o governo do estado enfrentou protesto de estudantes ao tentar realocar classes de uma escola para outra e fechar algumas unidades.

Em um contexto de menor necessidade de professores, é de se esperar que seja possível conseguir profissionais melhores. Mas isso esbarra no corporativismo dos funcionários públicos, que impedem a concessão de benefícios diferenciados aos docentes com melhor desempenho e a demissão dos que não conseguem apresentar resultado satisfatório. “Prova dessa dificuldade é o fato de que o Distrito Federal tem os salários mais altos do país em suas redes de ensino fundamental e médio e não apresenta resultado significativamente melhor do que outros locais do país”, afirma Rocha.

É preciso atrair para o magistério os melhores alunos do ensino, aponta João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, ao qual o IDados é ligado. “Mas isso não é possível conseguir com uma só rede, gigante. São necessários sistemas melhores, com escolas de grande prestígio, com capacidade de atrair os melhores profissionais”, explica. “É preciso criar um sistema educacional. Colocar dinheiro nisso que está aí não vai adiantar nada”, avisa ele, que foi secretário executivo do Ministério da Educação no governo Fernando Henrique Cardoso.

Entre os últimos

Não será fácil para o Brasil chegar a um nível de qualidade educacional semelhante à do primeiro mundo. O país ficou em 60º lugar entre 76 países na avaliação deste ano do Pisa, sistema da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. (OCDE), que reúne as nações mais desenvolvidos. O exame mede o conhecimento de matemática, leitura e ciências por estudantes de 15 anos.

A comunidade precisa ajudar

A interação entre escolas e a comunidade — incluindo pessoas e empresas — é um dos caminhos para elevar a qualidade do ensino no país. “O sistema mais eficiente de parceria é a adoção de escolas públicas”, afirma Paulo Oliveira, presidente do Instituto Renovo, de São Paulo, formado por pessoas que contribuem com dinheiro ou trabalho. Segundo Oliveira, as parcerias contribuem para manter as escolas e equipá-las, mas também com treinamento. Incentivam-se conteúdos transversais, como educação financeira, que explora matemática, português, história e ciências.

Com ou sem parcerias, vários colégios públicos do país conseguem resultados melhores do que os particulares. Caíque Rafael, 16 anos, estudava em instituição paga em Tucumã (PA). Hoje, está no 2º ano do ensino médio na escola estadual Alcide Jubé, em Goiás (GO), com aulas em período integral. “Este modelo de ensino aqui é muito melhor”, diz.

Caíque mudou-se há dois anos para a casa da avó no assentamento de reforma agrária Chico Mineiro, em Itapuranga (GO). Todos os dias, ao longo deste ano, ele e o amigo Matheus Silva, 18 anos, que acaba de concluir o 3º ano, se deslocaram por uma hora para vencer os 40km que os separam da escola. Saíam de casa às 5h30 e voltavam só às 19h30. Matheus sonha estudar mecatrônica. “Eu sempre gostei de desmontar aparelhos”, frisa. Caíque quer fazer engenharia civil. “Se não conseguir uma vaga no Brasil, vou tentar na Bolívia, onde meu irmão faz medicina”, afirma.

A escola de Caíque e Matheus é a demonstração da queda da demanda que existe em várias áreas do país. Marisete Araújo, 51, professora de português do colégio, estudou lá quando o estabelecimento tinha 600 alunos. Em 2013, a unidade foi transformada para o ensino em tempo integral, como outras 20 no estado, e passou a abrigar 75 estudantes, com um currículo que valoriza artes e literatura. Diante da queda no número de estudantes, o professor de história Sandro Moraes, 50, marido de Marisete e também ex-aluno da escola, tornou-se policial civil.

 

Livro tenta reduzir ‘achismos’ na educação

“Há muito ‘achismo’ na educação, mesmo com muitos dados disponíveis.” A avaliação é de João Batista Oliveira, presidente do Alfa e Beto, ONG que atua na alfabetização de crianças.

No mês passado, o instituto lançou o livro “Educação Baseada em Evidências: Como Saber o que Funciona em Educação”. A obra busca responder, por exemplo, se colocar mais dinheiro no sistema de ensino impulsiona a aprendizagem dos alunos. Ou se diminuir o tamanho das turmas é benéfico.

“Muitas opiniões e políticas públicas são adotadas sem considerar o que já foi estudado”, afirma Oliveira, que foi secretário-executivo do Ministério da Educação no governo FHC (PSDB). Os autores usaram a técnica chamada de meta-análise, em que se faz revisão de trabalhos já publicados, nacionais ou internacionais.

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Novo livro apresenta educação de forma didática

Escola emocional

A especialista em educação Ilona Becskeházy apresenta reportagem no programa Missão Aluno, da Rádio CBN, sobre o livro Educação Baseada em Evidências – Como saber o que Funciona em Educação, lançado pelo Instituto Alfa e Beto no dia 4 de novembro.

Na reportagem, Becskeházy afirma que o material é prático e baseado em décadas de pesquisas no tema, oferecendo informações baseadas em décadas de pesquisa de uma maneira didática.

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