Revista Veja publica reportagem com base em estudo realizado pelo Instituto Alfa e Beto em parceria com a Universidade de Nova Iorque

A pesquisa mostrou os efeitos positivos de se incentivar o hábito da leitura em crianças cujos pais têm poucos anos de estudos ou são semianalfabetos.

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Em reportagem publicada nesta semana na revista Veja, o jornalista Ricardo Ferraz falou sobre o estudo “RCT de uma intervenção de leitura em voz alta no Brasil: Os impactos diferem dependendo da alfabetização dos pais?”, realizado pelo Instituto Alfa e Beto em parceria com a Universidade de Nova Iorque e  publicado na revista científica Early Childhood Research Quarterly, nos Estados Unidos, De acordo com o jornalista, o estudo é pioneiro e mostra como ler para as crianças de maneira correta contribui para ampliar o vocabulário até em famílias com pouco estudo.

A pesquisa faz parte de um projeto inédito no Brasil, desenvolvido em torno do programa batizado de “Universidade do Bebê”, implantado em 2015, em 22 creches de Boa Vista, Roraima. A ação consiste no treinamento de pais para que eles interajam com seus filhos por meio da leitura de livros emprestados em bibliotecas.

Para João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, “o baixo nível de escolaridade dos pais não significa um impedimento para que eles promovam o desenvolvimento verbal de seus filhos, desde que tenham acesso a livros e técnicas adequadas de leitura interativa”. O especialista afirma também que “a condição de pobreza e a baixa escolaridade dos pais não são inexoráveis”.

O estudo pontua que o desafio é fazer essas pessoas se tornarem leitores contumazes. Para isso, é preciso manter a atenção às crianças mais vulneráveis, ampliar o acesso aos livros e continuar apoiando-as para que os ganhos na primeira infância não se percam nos anos seguintes.

Confira a matéria na íntegra aqui.