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Simon Schwartzman fala sobre PNE em evento da ABAVE

Para ele, dificuldades encontradas para implementar o Plano Nacional de Educação já eram previsíveis desde a sua formulação inicial e se tornaram ainda mais evidentes com a crise econômica.

Simon Schwartzman fala sobre PNE em evento da ABAVE

O PNE Como Foco Central do Debate Educacional

Antes de tudo, o Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em junho de 2014, foi tema central na abertura da IX Reunião Anual da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (ABAVE). Durante a conferência inaugural em Salvador, Simon Schwartzman, renomado pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, trouxe uma análise crítica sobre o monitoramento e a avaliação do plano. O PNE, concebido com o propósito de melhorar a qualidade e a equidade da educação brasileira, revelou-se um documento ambicioso, mas permeado de desafios.

Uma Formulação Marcada Por Previsibilidades e Contratempos

Em primeiro lugar, Simon apontou que as dificuldades enfrentadas pelo PNE já eram previsíveis desde sua formulação. A crise econômica, política e fiscal que assolou o Brasil a partir de 2015 intensificou os obstáculos, comprometendo significativamente a execução do plano. Segundo o pesquisador, basear a melhoria educacional em um Plano Decenal mostrou-se ineficaz. Especialmente considerando a maneira como as metas foram estabelecidas e o processo de sua elaboração.

Recursos E Metas: Desafios Estruturais Do PNE

Ainda assim, Simon destacou que a lei que institui o PNE permanece vigente, embora a maior parte de suas metas esteja longe de ser alcançada. Além disso, um agravante recente foi o veto presidencial ao artigo 25 da Lei das Diretrizes Orçamentárias, que destinava recursos federais para a implementação do plano. Essa decisão tornou a execução do PNE ainda mais incerta, enfraquecendo a possibilidade de avanços concretos.

A Importância De Uma Avaliação Qualificada E Contínua

Analogamente a outros planos nacionais, Simon defendeu que a avaliação do PNE não deve se limitar a monitorar metas quantitativas, muitas vezes inatingíveis ou questionáveis. Conforme ele explicou, é essencial que esse processo inclua uma revisão contínua dos objetivos, a identificação de gargalos críticos e um acompanhamento detalhado das intervenções implementadas. Somente assim será possível verificar se essas ações estão alcançando os resultados esperados ou se precisam ser ajustadas.

Reflexão Para O Futuro Da Educação Brasileira

Em síntese, as palavras de Simon Schwartzman na IX Reunião da ABAVE reforçam a necessidade de repensar a estrutura e a execução do PNE. É fundamental que o debate educacional no Brasil vá além da criação de metas ambiciosas e busque soluções práticas e viáveis. Alinhadas às realidades econômicas e sociais do país.

Por fim, para que o PNE cumpra seu papel transformador, é indispensável um compromisso político robusto, uma alocação eficiente de recursos e uma avaliação criteriosa e contínua. Explore mais sobre o impacto do PNE e como ele pode moldar o futuro da educação brasileira acessando outros conteúdos do Instituto Alfa e Beto.

Clique aqui para ler o texto completo da apresentação. 

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