Alfabetização é destaque em Boa Vista – RR

Localizada na zona rural de Boa Vista (RR), a escola Balduíno Wottrich tem se destacado pelo alto índice de alfabetização e aumento da frequência escolar

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Alfabetização é destaque em Boa Vista - RR

Instituto Alfa e Beto colabora para avanço na alfabetização de alunos de Boa Vista e a escola Balduíno Wottrich é um dos destaques.

Entre fevereiro e março de 2022, o Instituto Alfa e Beto realizou uma avaliação diagnóstica dos estudantes da escola Balduíno Wottrich, localizada em Boa Vista, Roraima. A análise quantitativa apontou que dos 448 alunos matriculados no ensino fundamental, 41% não estavam alfabetizados.

Já no final do 3º bimestre, o percentual caiu para 6% desses alunos que não sabiam ler e nem escrever e a expectativa é que até o final do ano, todos os estudantes estejam alfabetizados.

Para isso, a diretora da escola, Rosicleide Mendonça de Lima, em conjunto com as professoras, têm se apoiado no programa de alfabetização do Instituto Alfa e Beto.

A metodologia do Instituto já é utilizada pela escola desde 2013, ano em que a Prefeitura de Boa Vista adotou o ensino estruturado para toda a rede municipal. A diferença é que a partir de 2022, o material também passou a ser base para os projetos extracurriculares promovidos pela escola.

Os projetos extracurriculares foram desenvolvidos com o propósito de alfabetizar e fortalecer a leitura por meio de jogos de interclasses entre salas e escolas na busca de recuperação das aprendizagens significativas.

Segundo a diretora da escola, Rosicleide Mendonça de Lima, “o entusiasmo dos alunos em participarem dos projetos extracurriculares aumentou a frequência escolar e, consequentemente, colaborou no aumento dos índices de alfabetização”.

A turma do 4º ano da professora Maria Jeovane Morais de Sousa iniciou 2022 com aproximadamente 12 alunos não alfabetizados. A estratégia da docente para alfabetizar os alunos foi o desenvolvimento do projeto “Resgatando o Prazer pela Leitura Pós-Pandemia”.

Segundo a professora, “o projeto foi elaborado com base no Livro C de Língua Portuguesa”, e “ consiste em trabalhar o alfabeto, as fichas de leitura e os gêneros textuais”.

Uma das alunas de Maria Jeovane que se beneficiou da metodologia foi Débora Camilly Araújo Costa que além de ter sido alfabetizada neste ano, também foi a primeira colocada na categoria “Conto” da etapa estadual do prêmio “MPT na Escola” de 2022.

O “MPT na Escola” é um concurso nacional do Ministério Público do Trabalho que premeia trabalhos literários, artísticos e culturais produzidos por alunos das escolas participantes após atividades, em sala de aula, sobre o combate ao trabalho infantil.

A aluna Débora Camilly foi premiada com um tablet e a professora Maria Jeovane, com R$500,00. De acordo com Arlene Firmino Costa, mãe de Débora, “ganhar um prêmio em um concurso como o ‘MPT na Escola’ foi um grande reconhecimento para minha filha”. Ela afirma ainda que “os livros do Instituto Alfa e Beto e o incentivo à leitura feito pela professora despertaram o interesse de Débora em estudar”.

Já a professora Aldenir Fiáz de Araújo Silva, recebeu seis alunos não alfabetizados em sua turma do 4º ano. Sua estratégia para recuperá-los, ao mesmo tempo em que trabalha as habilidades do restante da turma, foi desenvolver o projeto “Aprendendo habilidades de Português e Matemática de forma lúdica e multidisciplinar a partir da gamiificação”.

O projeto consistiu em realizar competições de leitura, interpretação, desafios de leitura, gincanas de leitura, jogos com formação de palavras e leitura de poemas.  Foi baseado no  Livro C de Português, Para Ler e Reler e Jogos Atividades e Desafios do Instituto Alfa e Beto.

Segundo Aldenir, os materiais do Instituto Alfa e Beto foram fundamentais para o sucesso do projeto, pois manteve o foco e enfatizou os “conhecimentos realmente importantes e que fizeram a diferença na vida escolar dos alunos”.

Ela afirma ainda que “após todo o projeto ser realizado foi perceptível o nível de disposição dos alunos em aprender brincando”. E complementa que com o apoio da metodologia do IAB, “foi possível desenvolver um trabalho diversificado que mesclou conhecimento e brincadeira, de forma a colaborar com o progresso das habilidades propostas e trabalhadas”.

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