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A BNCC Não Atende às Necessidades do País

João Batista Oliveira fala sobre as três versões da Base Nacional Comum Curricular em Jornada Internacional da Alfabetização, em Natal (RN).

A BNCC Não Atende às Necessidades do País

Antecipadamente, João Batista Oliveira deixou claro que a terceira versão da BNCC não reflete o que o Brasil precisa ou merece. Em sua avaliação, apresentada na 3ª Jornada Internacional da Alfabetização, ele afirmou que o documento ignora evidências científicas fundamentais sobre alfabetização. Além disso, segundo o presidente do Instituto Alfa e Beto, a proposta perpetua uma visão ultrapassada que compromete a qualidade do ensino no país.

Comparação com Referências Internacionais Reforça as Falhas

Antes de mais nada, Oliveira destacou a disparidade entre a BNCC e currículos de países desenvolvidos. Segundo ele, enquanto essas nações utilizam a ciência como base, o Brasil insiste em modelos construtivistas superados. Durante sua palestra, ele comparou o documento brasileiro ao currículo de Portugal, ressaltando que países como este priorizam a sistematização do ensino da leitura e escrita já no início da educação formal.

Definição de Alfabetização Precisa de Clareza e Precisão

De antemão, Oliveira apontou que a BNCC carece de uma definição clara de alfabetização. Conforme a Ciência Cognitiva da Leitura, alfabetizar significa dominar o código alfabético, permitindo a decodificação e compreensão de palavras. Contudo, a proposta brasileira apresenta conceitos vagos e não define habilidades essenciais para esse processo.

Além disso, Oliveira criticou o tempo destinado à alfabetização no Brasil. Em vez de um processo eficiente e estruturado para o 1º ano escolar, a BNCC estabelece um prazo de três anos, o que, segundo ele, contraria evidências que mostram ser possível alfabetizar crianças em apenas um ano letivo.

Metodologia de Construção Reforça a Fragilidade do Documento

Analogamente a outras críticas, a metodologia utilizada na elaboração da BNCC foi amplamente questionada. João Batista Oliveira argumentou que o modelo de consultas públicas não substitui debates estruturados e especializados. Ele enfatizou que a construção de documentos educacionais robustos requer a participação de especialistas e a análise aprofundada de evidências.

Reflexão e Necessidade de Mudança

Finalmente, o evento evidenciou a existência de grupos acadêmicos comprometidos com uma visão científica para a alfabetização no Brasil. Segundo Angela Chuvas Naschold, coordenadora da Jornada, é fundamental que os pesquisadores brasileiros aprofundem a análise da BNCC e promovam debates consistentes sobre o tema.

Conclusão: Um Convite à Reflexão e Ação

Como resultado, é evidente que a BNCC necessita de uma revisão para alinhar-se às evidências científicas e às demandas educacionais do Brasil. Em síntese, a alfabetização deve ser tratada com a seriedade e o rigor que merece. Para saber mais sobre a BNCC e suas implicações, acesse os artigos disponíveis no site do Instituto Alfa e Beto e contribua para a construção de uma educação de qualidade no país.

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